quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

"Mãe, Papai Noel existe ou é mais uma história para criança?"


 Mãe, papai Noel existe mesmo ou é mais uma história para criança?

- O que você acha, Peu?

- Acho que ele pode existir.

- É importante para você que ele exista?

- Um pouco...

- Então, ele pode existir. Uma grande escritora, chamada Clarice Lispector, num livro dela que li, dizia assim: "ela acreditva em anjos. E porque acreditava, eles existiam.".

- Hummm. Tá bom.

Diálogo nas primeiras horas da manhã do dia 25/12... Eu e Pepeu - Pepeu e Eu.

Saudações maternais,

Pat Lins.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

INTOLERÂNCIA À INTOLERÂNCIA!


Ontem, no "Encontros,  com Fátima Bernardes", mostrou a atitude de um casal com bebê de 8 meses e iam viajar de avião.

Eles distribuíram  saquinhos com balas, chocolate, um fone de ouvido e um bilhetinho onde "a bebezinha" pedia desculpas,  com antecedência,  caso ela chorasse durante o voo, principalmente na decolagem e na aterrissagem. Daí,  explica que o fone é para quem se sentir muito incomodado com o choro e os doces para que todos tivessem uma boa viagem com doçura. Coisa mais linda!

Mas, me espanta ver que bebê não pode mais chorar... Gentileza gera gentileza e foi o que o casal de pais tentou fazer: despertar a nobreza da gentileza antes da contaminação doentia que é a intolerância.

Me preocupa o rumo das coisas. Não falo em perfeição,  ninguém é. Falo em, mesmo que irrite ou assuste momentaneamente, um grito de criança,  aquilo não se torne uma resistência à liberdade da infância. Não falo em falta de limite, mas em permitirmos que criança seja criança na infância.

Não aguentar ouvir choro de bebês e criticar um bebê que chora, uma mãe que amamenta,  uma criança que corre brincando é desejar não viver mais o natural ; é viver o artífice da vida moderna com culto ao caos; é falar num futuro de robôs, sem humanos,  sem contatos, sem DIVERSIDADE,  sem, sequer,  diversas idades.

Como consequência da nossa "modernidade"   com todo avanço tecnológico e científico, pouco evoluímos de fato e em valores. Já roubamos os espaços das crianças,  agora, estamos por roubar seu tempo...

Criança feliz é criança criança.

Pat Lins

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

APRENDENDO E ENSINANDO - ENSINANDO E APRENDENDO



Meu filho me perguntou: 

- Mãe, por que fala "reunião de pais e mestres" e não de "pais e professores"?

Olha como as coisas mudam, né?

Antes, ser professor era uma maestria! Só exercia quem tinha amor a profissão. Hoje, só mudou o nome, pois mestre só quem tem mestrado; doutor, quem tem doutorado... a titulação passou à frente do conhecimento. Sou super a favor de nos titularmos - principalmente aqueles que, como eu, vêm de uma área profissional e engaja como passador de conhecimento do que aprendeu conciliando a técnica e teoria da faculdade com a prática da atividade.

A busca pelo conhecimento não pode, nem deve ter fim. Infelizmente, não é isso que vemos por aí. Para alguns, basta o título e pronto, não tem mais o que aprender, só ensinar, porque já é "mestre".

Um mestre de verdade traz em si a sabedoria e sabedoria envolve humildade. Compreende entender que já sabe muito, mas muito ainda tem a aprender, ainda que tenha que repetir a mesma lição, só que para uma nova turma. Tudo é desafio, tudo é aprendizado. Em todo lugar tem algo novo a aprender. Aprendido, podemos ensinar. Costumo dizer que antes de ensinar, aprender, porque só creio ser possível passar o verdadeiro conhecimento, conhecendo-o. Ademais, é "ctrl c" e "ctr l v". 

Pois é... desde que migrei da área de Comunicação para ministrar aulas, aprendi muito mais! Amo as duas áreas. Mas, a docência em encanta. 

Pois é! Sou grata aos meus alunos, pela constante oportunidade de aprender. E sou grata a Marcos Carvalho e Cintia Moreno, por terem insistido tanto que entrasse nesse caminho. Desde 2005 que entrei e só saio se me tirarem... 

E sou grata a meu filho, que foi e é meu maior mestre e aprendiz!

Ensinando e aprendendo; aprendendo e ensinando! Sempre! Isso é a verdadeira maestria da vida e da profissão: professor!

Pat Lins - aprendiz da vida, mestre de saber que tenho muito a aprender!


sexta-feira, 26 de setembro de 2014

PARA PEU. COM AMOR, MAMÃE. 8 ANOS DE UMA VIDA COM MUITA HISTÓRIA PARA CONTAR!





PARA PEU:

Filho, como são as coisas... há 8 anos meu mundo mudou por completo - tá, até aqui, tudo igual ao que toda mãe diz...

Bom, na verdade, mudou há 8 anos e 9 meses, quando eu descobri que estava grávida. Tá, mudou em 4 de fevereiro de 2006, quando fiz o beta HcG e deu: "gonodotrofina corionica plasmática: POSITIVO". Chorei e sorri, tudo ao mesmo tempo. 

Liguei para marido - que nem sabia que eu havia ido fazer o teste... - e precisei pedir que ele parasse de gritar em meu ouvido..."Uhu! Uhu! Uhu!". 

Enviei um SMS para minha mãe: "Vovó, já estou a caminho daqui a 7 meses eu chego, viu? Não sei se sou menino ou menina, mas sei que já sou muito amado ou amada.". O silêncio do não retorno me deixou curiosa, mas, como estava saindo sozinha do laboratório e em estado de choque - é, não sei explicar, mas meio que fiquei boba, né? - não liguei logo de cara. Dei alguns segundos de vantagem e a manteiga - interessante, nós baianos falamos tanto "mantega" que Peu veio me dizer: "Mãe, engraçado, nas embalagens só vejo escrito 'manteIga' e a gente só fala 'mantega'..." é isso mesmo... voltando: - derretida  #minhamãe  nada de dar sinal de vida. Não resisti e liguei: "Mãe, você recebeu minha mensagem?", no que ela responde apenas uns sons de "snif snif" e soluços: "Recebi, sim. (soluço)" e derreteu! 

Dia seguinte, fui encontrar meus pais em Guarajuba, curtir o carnaval por lá e, quando chego, pensei que entrava num buffet infantil: bolas, bolo, doces e salgados! A festa estava pronta para comemorarrrr, tchanran: ele, o inigualável PEDDDRRROOOO HENRRRRRRIQUEEE! Que ainda não era chamado assim, porque eu só tinha 2 meses de gravidez e nem sabia o sexo do bebê, mas já era ele!

Foi muito massa!

Estava previsto para nascer dia 13 de outubro, mas dia 24 de setembro ele encaixou e apenas dia 26 ele nasceu. Um lindo! Aliás, a mesma cara da US 3D que havia feito - impressionante! É a mesma cara até hoje! Lindo demais!

A cada dia, naquele primeiro ano de vida, muitos desafios - e quando falo muitos, ainda é pouco... 

A cada ano, mais encanto. E muita danação, misericórdia!

Entre todas as intempéries, duas características dele sempre se mantiveram: a alegria e a amorosidade - apenas demonstrada para pessoas transparentes... seu detector de "nuvens carregadas à frente" é aguçado. Pedro é muito especial! E ele tem me feito querer ser cada dia uma pessoa melhor - até aí, toda mãe também diz isso, né?... - porque perto dele, pessoas comuns não aguentam e se deparam com sua própria nudez e pequenez, e, para alguns, isso machuca... poucos querem se ver e ele se mexe e em cada mexida, grandes revelações! Ele é a clara expressão da dualidade. Ele é como o Planeta: vive entre os pólos! 

Segundo me disse - com uns 4 para 5 anos -, "veio das estrelas e nasceu de uma estrela cadente, como um ovo de dinossauro, só que em forma de estrela!" e, há um ano, o que motivou a mudar de casa, de extremidade da cidade, de escola e etc, foi ele me dizer: "No planeta que vim não tinha esse sofrimento todo, não! Lá, todo mundo era igual. Ninguém me via como diferente... Todo mundo era feliz!". Hoje, esse diferente continua diferente, querendo ser parecido, mas sem se preocupar em ser diferente, porque já sabe com todo amor que posso passar para ele, que a diferença dele pode ser algo muito bom! Meu - que nem é meu de verdade, porque não somos proprietários dos nossos filhos - pingo de ouro, pingo de gente, é capaz de me fazer rir e chorar diante da sua grandeza e nobreza. Ele, em sua inquietação e energia, libera tudo que seja raiva, tristeza ou medo... de tanto se agitar e ser feliz, ele, simplesmente, não tem tempo a perder guardando rancor - até hoje, só vi rancor por uma pessoa... e espero que passe. Mas, ao explodir de raiva, libera e não guarda. Hoje, aprende que existem outras maneiras de colocar essa raiva para fora. E tudo isso, apenas, porque ele tem ESPAÇO para SER ele mesmo. E esse espaço dele tem aberto espaço para as pessoas ao seu redor, como eu, como o pai e como tanta gente.



Pedro está crescendo e puxando uma leva de gente junto! Só falta dizer: "sigam-me, os bons!".

Hoje, sou uma mãe mais segura do meu papel e feliz em ver que todo meu empenho e dedicação - como toda mãe, né? Só que não... coloco, como algumas poucas mães, em prática o discurso bonitinho! - têm dado certo! Que potencial a gente pode morrer tendo se não colocar para fora, morre com ele dentro e, aquele que diz: "você não tem potencial para ser desenvolvido", diz a si mesmo isso, refletido no outro. Para Pedro eu digo: "Que bom que existe o agora! Que bom que você é capaz de fazer, agora, o que ainda não fez!" e "Você é capaz! Você é capaz de fazer isso e muito mais!". E ele, em seu lindo e puro coração, sabe! Apesar da mente inquieta e do corpo que não para, traz em si uma luz e uma beleza cativantes. Tem paciência com crianças menores e adora conversar com pessoas idosas, de igual para igual, muito engraçado, isso. 

E, hoje, mais um ano dessa parceria, dessa amizade, dessa cumplicidade com esse ser tão especial e que me tirou de muita zona de conforto! Sua chegada me sacudiu e me lembrou de me lembrar quem eu sou, quem eu sempre fui antes de me tornar uma adulta que seguia pelo mesmo caminho que todo mundo, na normose - uma doença que leva todo mundo como uma massa cheia de fermento e pouco amor.

Peu, meu amor, agradeço a Deus por você estar aqui comigo! Agradeço por ver, a cada dia, seu brilho aumentar - e, graças a Deus, a aceleração diminuir... penso que, agora, ele sabe que o tempo passa correndo ou andando...

Peu, cientista!

Deus, dá sabedoria, discernimento e capacidade de realização a esse menino lindo que, ao ver a tia com câncer de mama disse: "Vou ser um grande cientista e achar a cura para essa doença de tia Nice" e, no enterro dela, disse: "Vou fazer uma fórmula que traga ela de volta!". Não que ele crie a fórmula, ou encontre a cura do câncer, mas que tenha sempre ideais e sonhos a seguir e vá, viva! Pedro não tem medo de viver. Nem medo de ser ele mesmo! Isso ele tem me ensinado muito! E seu carinho por mim cresce a cada dia de uma maneira tão linda que nem sei explicar o quanto é bom, porque não há medida de referência.

Pois é, Peu, grata por você ser uma parte de mim tão linda! Grata, por me fazer ver e entender que somente aqui e agora é possível realizar - ou começar! Grata, por me fazer voltar a ser criança e recuperar meus sonhos de verdade, aqueles que dizem quem eu sou e que não vim aqui a passeio, mas para ser feliz!

Grata, por você fazer parte e me fazer, a cada dia, mais feliz!

Grata, porque a gente se constrói a cada dia!

Porque, meu amor é grande demais! E eu te amo, muito, muito muitão!

Que seu mundo se revele ainda mais brilhante e lindo, filho amado!

Com amor,

Mamãe - Pat Lins.

Peu com 3 anos - outro dia...

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

MÃE, FILHA DA MÃE... NATUREZA!

Imagem: Freeimages - Flower Series 1 - by flaivoloka's

Estava, hoje, refletindo sobre nós, mães... me deu uma vontade de ser piegas...

Somos babonas, bobonas, fortes matronas, somos guerreiras, somos frágeis, somos doces, somos brutas, somos azedas... somos gente e somos bicho!

Somos razão e emoção, todo dia, na corda bamba.

Somos capazes de compreender tudo, menos ataques gratuitos aos nossos pequenos, né assim? Em geral, carregamos nas tintas, mas somos capazes de ser uma fera quando precisamos proteger nossa prole. Discordo do discurso de que toda mãe deve passar a mão pela cabeça do filho e deixá-lo fazer tudo o que quer... meu filho além de não ser santo, dá um trabalho danado, mas isso não dá direito a ninguém de maltratá-lo, né assim?! Precisamos ser capazes de ponderar mais o real com as surtadas... Manter sempre a razão como norte e a emoção como combustível - e isso não quer dizer "não sentir", apenas que precisamos ser capazes de sentir sem perder o foco, tipo soldado na guerra, sabe, que mesmo machucado, luta pela vida sem se jogar no fogo cruzado ou agir sem estratégia... mais ou menos assim.

Pois é, a minha reflexão é sobre o desgaste natural do cotidiano. Hoje em dia, estamos assumindo um papel muito estranho... tudo tem que ser orientado por uma "super nanny" que entende de tudo. Sei que os estudos ajudam no direcionamento, mas há o que surge de novo e não foi estudado, porque, simplesmente, não existia. Há o que não se enquadra no estudo, porque este se baseia numa média, numa amostragem, ou seja, numa ínfima representação de um todo gigantesco. E me pergunto: quando nossos filhos estão fora da média - além ou aquém do padrão, ou ambos concomitantemente - quem pode socorrer, sem dar um soco em nossos estômagos já magoados por sermos humanas e trazermos nossas próprias demandas e por nos depararmos com críticas severas e sem fundamentos, apenas situações intimidatórias de pessoas pequenas que tentam mascarar suas própria incompetências.

Tanta coisa agindo sobre nós: cobrança, realidade, dia a dia, trabalho, contas, relacionamentos, família, sonhos, frustrações nossas, características individuais de cada filho, etc, etc, etc Pretérito mais que perfeito que somos e que já éramos antes de nascermos e que paira por aí, como inconsciente coletivo, como características das famílias das quais originamos... e, de vez em quando, vêm nos assombrar como uma explosão de emoções sabe Deus vinda de onde, no presente simples... Tudo tão vasto e complexo que ciência alguma é capaz de assegurar, com plena e convicta certeza o que é Ser Mãe. Um ser sem explicação. Fora os hormônios, o corpo modificado, a cabeça que se torna nossa e deles, que somos um portal aberto. Tanta coisa que somos para administrar sozinha o "peso" que nos dão ao nascermos mães. E, ao mesmo tempo, tão simples e belo, quando nosso fruto apenas sorri e diz:"mãe, eu te amo!". Nossa, o mundo muda de cor!

Vivemos em tantos ambientes, falamos tantas línguas, fazemos tantas viagens - sem sair do lugar. Precisamos nos especializar em tanta coisa, desde identificar o choro de sono, de fome ou de fralda suja e/ou molhada, até as sessões de psicoterapia em altos papos cabeça com essas criaturinhas - que sempre serão "inhas", mesmo vendo-os, com os olhos da realidade, crescer, sem podá-los, sem infantilizá-los, mas cá dentro de cada uma de nós, são aqueles pequenos que carregamos quando mediam o tamanho do nosso antebraço. 

Fiquei pensando, se até a Mãe Natureza cansa, sofre e se desgasta com os ataques incessantes que direcionamos - nós, seres humanos em geral - para ela, imagina nós, mães filhas e parte dessa mesma natureza? Sim, somo animais, somos natureza, somo mais e muito mais! Mas, também somos o menos, o que perde, o que acumula resíduos tóxicos de dor e lamento, do "eu não consigo" até entender o "não depende de mim". Somos nossas partes que não se renovam e somos as partes renováveis do novo que surge agora!

Somos muito massa, velho!

Detalhe que somos mães, mas nunca deixamos de ser filhas! Por isso, deveríamos entender mais nossas mães e nossos filhos e a nós mesmas!

Não somos mágicas, mas parece que sem ela, não funcionamos: a magia da vida!

Somos uma combinação dual e concomitante de dor e alegria, tudo ao mesmo tempo, agora!

Somos trágicas e somos comédias! 

Somos o colo que acolhe e a cara a tapa para vivermos o dia a dia!

Somos o ouvidos que tem que escutar que somos inconvenientes - quando somos e, francamente têm mães que exageram nisso e não cuidam das próprias carências... se não cuidam, a tendência é piorar e envelhecer assim... depois, não cobrem dos filhos aquilo que nem você é capaz de ser: melhor!

Somos olhos para ver as quedas, as superações, as marcas e arranhões e as cicatrizes que sabemos muito bem, para sempre, como e quando aconteceram, enquanto eles apenas têm uma vaga lembrança ou sabem porque contamos, né assim?

A gente tem que lembrar do que importa e esquecer do que não vale a pena!

Essa é minha rotina de mãe, uma mãe especial, de um filho mega especial!

Essa é a minha rotina de gente que sou.

Somos humanamente heroínas, porque com um limão, se não der para fazer limonada, fazemos água aromatizada!

Somos PhD em tentar entender, meu filho! Mas, e quem nos entende? Somos o que a ciência não explica, mas a Mãe Natureza e o Pai do Céu nos entende!

Saudações maternais,

Pat Lins.



sexta-feira, 19 de setembro de 2014

ESCOLA - UM MUNDO DE APRENDIZADO PARA PAIS, FILHOS E PROFISSIONAIS


HOJE, eu tive o prazer de vivenciar uma coisa que sempre desejei!

A diretora da escola do meu filho - não posso falar o nome, apenas por questão de preservação e segurança mesmo, afinal, este blog é aberto... e não podemos ser tão ingênuas - me fez ver que ainda existe escola que preza pelo aluno, sem medo dos pais - hoje em dia, com um perfil altamente consumista e de cobradores radicais e egocentrados... Muitos de nós está assim, mesmo... num exagero de discurso da era do consumo que, pelo amor de Deus! - e com zelo pela qualidade da instituição.

Há dois anos, vivemos uma situação - que cheguei a postar aqui - onde vi que a professora estava com problemas na sala de aula - fui investigar, fazendo hidroginástica na academia ao lado -, e a hiperatividade dele catalisava, ou seja, aumentava o que já estava fora do lugar e entendi que ela estava nervosa por conta de muitos problemas de ordem pessoal. Com isso, meu filho, além das próprias demandas e falta de apoio da coordenação, represou e bloqueou ainda mais seus conhecimentos e piorou seu comportamento. Levei o que pensava e observava à Direção, não pedindo a cabeça da professora, mas pedindo que olhassem para e por ela, porque ela não estava sabendo administrar a docência com o fato de ser professora da filha... Enfim, eu penso assim: ninguém consegue apertar um botão de liga e desliga e se tornar um profissional perfeito e equilibrado emocionalmente a ponto de nunca ser afetado. Mas, em se tratando de trabalho com criança, o cuidado com esses profissionais devem ser mais efetivos. No caso, era só trocar a professora de turma, pelo bem dela e da turma - detalhe: vários pais, inclusive os pais de filhos "padrão", se queixaram, mas nenhum levou à Direção, pois diziam que a equipe de coordenação era tão fraca que não valia a pena, afinal, eles reforçavam em casa e a criança aprendia do mesmo jeito. Passado para mim, mas, na instituição, se mantêm esse formato de trabalho, outras crianças perderam a oportunidade de se revelar. Tiro isso por meu filho, que entrou na escola numa crescente no comportamento e regrediu drastica e irresponsavelmente.

Pois, HOJE, tive uma surpresa belíssima, ao entrar na reunião e ver uma postura da Diretora segura, firma, competente e consciente do seu papel enquanto empresa e enquanto  educadora. Isso é colocar em prática os discursos teóricos que tantos outros profissionais e escolas renomadas pregam mas não praticam. Identificou um problema com a professora, por não estar respondendo ao padrão da instituição e não se adaptar aos ajustes propostos pela coordenação. A Diretora falou, clara e calmamente, que demitiu a professora e estava apenas participando aos pais que estava tudo sobre controle. Os pais a agradeceram - claro que, em se tratando de pais e mães, isso é algo preocupante, porque existe um padrão atual de exigência consumista que beira a insensibilidade e um quê de egocentrismo que, misericórdia! Os pais pensam que escola é um produto que vende ali no mercado e que seu filho é o rei e centro do Universo, onde ninguém pode chegar perto para não contaminar... - porque perceberam o impacto das atitudes da professora numa queda de rendimento dos filhos. Interessante que a postura da Diretora Pedagógica - sou muito fã dela - foi: "Eu assumo!" e está assumindo, mesmo se recuperando de um problema de saúde - ela quebrou o pé e ainda está de moleta - e acumulou a coordenação de toda a escola, com a sala de aula! Isso é ou não é motivo para agradecer a essas profissionais por me fazerem reacender a fé de que existem pessoas profissionais competentes e comprometidas?! Isso casa com o que sempre acreditei: é preciso identificar a questão no aluno e "furar o cerco" que eles criam no ambiente escolar. Não falo de milagres ou algo similar, falo de que quando se quer, se faz, porque tem VALORES organizacionais e humanos, acima de tudo, firmes e sólidos! Isso tem refletido diretamente, ainda que em pouco tempo, no comportamento de meu filho. Ele está fazendo as atividades com mais segurança, com mais vontade. Ele, agora, foi acolhido e isso tem dado o espaço para ele crescer e florescer - sem ter que virar santo ou estátua e sem elas deixarem de nos acionar. Isso é PARCERIA. Isso é reflexo de pessoas equilibradas, competentes, qualificadas e conscientes do papel que desempenham, sabendo-se e colocando-se em cada lado para avaliar a melhor decisão!

Parabéns Tiana e Mariana! Vocês são exemplo que levo no coração! Exemplo de caráter, personalidade, competência, vocação e segurança!

Não existe perfeição - nem eu sou, nem meu filho é, nem ninguém é - mas, esforço, gente, é fundamental! Responsabilidade! Elas foram extremamente responsáveis. Não se omitiram e nem foram influenciadas pelos pais cobradores - e, olha, é de enlouquecer... eu bem vejo e escuto as exigências estapafúrdias.

Esse é o papel da escola enquanto escola, enquanto instituição de ensino. A demissão foi o último recurso e não foi leviano, ou caminho mais curto para a empresa... foi consequência de um processo onde cada um deve saber qual o seu papel e cumpri-lo. 

Isso bate com uma tese que pretendo desenvolver - e vou conseguir - sobre a qualidade dos profissionais "super qualificados" que entram no mercado de trabalho, sem alma, sem sangue nas veias. Não basta ser profissional, tem que entender que se trata de uma pessoa que trabalha! Não basta ter mestrado, doutorado ou cursos e cursos. É preciso ter, antes de tudo VOCAÇÃO. E a vocação faz com que você se canse, sim, mas tem em si motivação para refazer, para transformar!

Nós, mães e pais, precisamos ter mais CONSCIÊNCIA, também, do nosso papel e da nossa VOCAÇÃO. Não basta colocar filho no mundo, tem que se abrir para o aprendizado. Temos que entender que não é só colocar no mundo que nos tornamos mães e pais, nos construimos diariamente! Nem cobrar, nem relaxar. 

Lá, com essa equipe, vejo na prática o que também preso e vivencio: caminho do meio! 

É isso que o Mundo precisa, de um mundo de pessoas conscientes do seu papel e das consequências dos seus atos. Só assim podemos ter base sólida para construir um mundo novo, renovado!

Saudações maternais,

Pat Lins.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

"Meu filho não come" - curso com Junaura Barreto

Gente, o trabalho da Junaura Barreto tem uma grande qualidade: ela é ótima!

Vale muito a pena conferir e fazer.


Saudações maternais,

Pat Lins.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

MÃES EM PAUSA


Vida de mãe é vida de mãe... 

Para manter a qualidade das postagens, necessitamos de tempo. Assim, com as novas mudanças - inclusive com relação ao desenvolvimento do pequeno e hiper Peu - fico sem tempo com qualidade para me deleitar em nossas trocas.

Bom, faz parte, né? Tá tudo certo!

Vale a pena curtir os posts mais antigos.

Saudações maternais,

Pat Lins.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

"AMARELA DA SECA" - MEU PRIMEIRO LIVRO INFANTIL!

Governo do Estado premia autores de obras literárias infantis


Share on emailare on print


A tarde foi de co­me­mo­ração no au­di­tório do Ins­ti­tuto Anísio Tei­xeira (IAT), na Av. Pa­ra­lela, nesta se­gunda-feira (2/06), quando a Se­cre­taria da Edu­cação do Es­tado da Bahia pre­miou os 16 au­tores bai­anos e as 19 obras se­le­ci­o­nadas no edital de obras de li­te­ra­tura in­fantil, pro­mo­vido em par­ceria com a Se­cre­taria de Cul­tura do Es­tado. A ini­ci­a­tiva, que in­tegra as ações do Plano Es­ta­dual do Livro e Lei­tura, pro­move um mo­vi­mento de va­lo­ri­zação dos au­tores lo­cais, da cul­tura baiana, de in­cen­tivo à lei­tura e, ainda, con­tribui para a al­fa­be­ti­zação das cri­anças até os oito anos de idade. 
Os li­vros irão compor o ma­te­rial di­dá­tico de es­tu­dantes do pri­meiro e do se­gundo ano do en­sino fun­da­mental, dos mu­ni­cí­pios bai­anos que ade­riram ao pro­jeto Pacto com Mu­ni­cí­pios pela Al­fa­be­ti­zação. “Esse mo­mento sig­ni­fica um marco na pro­dução li­te­rária do Es­tado e no pro­cesso de al­fa­be­ti­zação das nossas cri­anças. Essas obras farão a di­fe­rença por trazer uma li­te­ra­tura con­tex­tu­a­li­zada, que vai mexer com a ima­gi­nação das cri­anças, for­ta­le­cendo o tra­balho de­sen­vol­vido pelo Pacto, este pro­jeto que ofe­rece a cada cri­ança do nosso Es­tado o di­reito de aprender”, frisou o se­cre­tário da Edu­cação do Es­tado da Bahia, Os­valdo Bar­reto.

Fotos: Clau­di­onor Jr. Ascom/Edu­cação
Pre­sente na so­le­ni­dade, o se­cre­tário de Cul­tura, Al­bino Rubim, des­tacou a im­por­tância da par­ceria entre edu­cação e cul­tura. “Esse acon­te­ci­mento, que dá às cri­anças a pos­si­bi­li­dade de ter acesso a mundos fan­tás­ticos, é muito im­por­tante, pois apro­xima duas áreas que não podem estar dis­tantes. Com esse edital e com o Plano Es­ta­dual do Livro e da Lei­tura, ca­mi­nhamos para es­treitar cada vez mais essa re­lação”. No total, serão dis­tri­buídos cerca de 800 mil li­vros, em 21 mil salas de aula de pri­meiro e se­gundo ano do en­sino fun­da­mental na Bahia

As obras e seus au­tores – Se­le­ci­o­nada com duas obras no edital, a au­tora Cla­rissa Braga dá vida às suas his­tó­rias com os li­vros Amigos de re­pente e O canto mais lindo que já se ouviu. “Muitas cri­anças irão se ver nas obras porque elas re­fletem um pouco da cul­tura do in­te­rior, que é di­fe­rente do que se vê na ci­dade”, re­velou Cla­rissa. “Esse edital abre um pre­ce­dente para com­par­ti­lhar os nossos so­nhos. Não vemos um autor pu­blicar um livro sem pre­cisar de edi­tora, e nós ga­nhamos essa opor­tu­ni­dade de ver a nossa his­tória, con­tada por nós mesmos”, acres­centou.

Tra­zendo a his­tória da Branca de Neve do sertão, Pa­trícia Lins ho­me­na­geia uma das per­so­na­gens mais fa­mosas dos contos de fada, ao mesmo tempo em que apro­xima a nar­ra­tiva do co­ti­diano cul­tural baiano em Ama­rela da seca. “O livro apro­xima a Branca de Neve da re­a­li­dade das cri­anças do Nor­deste. Na obra, a Branca de Neve é uma me­nina do sertão, e ela traz a men­sagem que as di­fe­renças não im­portam, o que im­porta mesmo é a ami­zade, e que cri­ança tem que ser cri­ança. Isso tudo de uma ma­neira lú­dica, para que as cri­anças te­nham o prazer de ler”, contou a au­tora.

Pre­mi­ados (Fotos: Clau­di­onor Jr. Ascom/Edu­cação)
Pacto – O Pacto com Mu­ni­cí­pios pela Al­fa­be­ti­zação, pri­meiro com­pro­misso do Pro­grama Es­ta­dual Todos pela Es­cola, é uma par­ceria do Es­tado com mu­ni­cí­pios bai­anos, em re­gime de co­la­bo­ração, para me­lhorar a edu­cação bá­sica nas es­colas pú­blicas es­ta­duais e mu­ni­ci­pais da Bahia. O prin­cipal ob­je­tivo é pro­mover a al­fa­be­ti­zação, com le­tra­mento, de todas as cri­anças até oito anos de idade. O Pacto com Mu­ni­cí­pios está pre­sente em 370 mu­ni­cí­pios bai­anos e con­templa mais de 145 mil es­tu­dantes.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

DESABROCHAR


O desbloquear é tão lindo! 

Começa devagarinho; pedindo paciência, como boa semente a se firmar. 

Cresce enquanto dormimos, porque, assim, paramos de lutar. Mente dormindo, vida fluindo e crescendo dentro e fora de mim! 

Quando o abrir começa, o fechar e o que fechou perdem relevância. Só um sentido tem significância: o sentido de ir para aquele lugar! Sair do comum. Sair do parar - sem correr, gritar ou guerrear. 

Ao se abrir, tudo vai mudando. Aos poucos, devagar, num ritmo próprio. 

A pressa é inimiga da perfeição, porque quer antes da hora. Não dá para ser, se não É! 

O desabrochar é o crescer. É o começo do mudar. Não é de uma hora para outra. Mas, como digo: de uma hora para outra, já transformou! 

Saudações maternais,

Pat Lins.

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails