terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

O QUE O BEBÊ QUER NOS DIZER COM SEU CHORO - Por Thales Pinho

Gente, hoje o nosso post é especial para mamães e papais de primeira viagem! 
Trata-se de um texto escrito por um "pai na prática" sobre "o que os bebês querem nos dizer com seu choro". 
Então, aproveitem as dicas e boa sorte!
Pat Lins.
Imagem: Silent Scream - by Shune
Olá mamães, tudo bem com vocês?
Meu nome é Thales Pinho e sou redator do site Tricae e do blog da Tricae. Estou aqui hoje para fazer um post como convidado da Patrícia Lins sobre cuidados com o bebê e, depois de pensar muito, pensei que um tema interessante para as mamães de primeira viagem seria a interpretação do choro do bebê. Como fui pai recentemente, uma das coisas que mais me tiravam o sono, literalmente, era entender o que minha filha Olívia queria dizer quando estava chorando. Claro que não dá para acertar todas, mas com estas dicas, minha vida e da Marcelle, mamãe da pequena, ficou um tantinho mais tranquila. Espero que vocês gostem das sugestões.
O choro de um bebê é algo que sempre aflige as mamães e papais. Os motivos para tal podem ser os mais diversos possíveis. Mas, afinal, o que ele quer nos dizer? A razão pode ser uma cólica, fome, cansaço e etc. Podemos tentar decifrar este choro com algumas dicas, claro que não são 100% garantidas, é apenas uma forma de tentar interpretar o que a criança quer nos dizer. Abaixo seguem algumas dicas para tentar entender o que o bebê quer nos dizer quando ele está chorando.



Fome



Um choro com um tom mais grave, cujo volume sobe e desce, pode significar fome. Este tipo de choro soa como uma sirene, que a intensidade cresce e diminui, mas sempre fazendo barulho. Se você notar um choro parecido com este, experimente tentar alimentar o bebê, é possível que esta seja a solução para acalmá-lo.



Irritação



Um choro mais histérico, turbulento, pode significar que a criança esteja irritada. Seja pela temperatura do ambiente, por uma posição desagradável, um ambiente muito barulhento ou iluminado. Estes fatores podem contribuir para a irritação do bebê. O ideal é tentar modificar a posição da criança, checar se o ambiente está frio, quente, muito iluminado ou barulhento. Tais elementos são os principais motivos para a irritação do bebê.



Cólica



Um bebê muito agitado entre as 18h00 e 24h00 pode significar que o mesmo esteja sofrendo de cólicas. Outros fatores que pode auxiliar os pais a entenderem que seu filho está com cólica são o choro incontrolável, os gritos e os movimentos de esticar e encolher as pernas. Tais movimentos de perna são um reflexo natural da criança na tentativa de liberar gases. Em média, um em cada cinco bebês sofrem de cólicas, cuja causa não é totalmente esclarecida.



No caso dos bebês que ainda estão mamando no peito, o motivo pode ser a alimentação da mamãe. Evite produtos derivados do leite, café e alimentos gordurosos. Uma chupeta, em alguns casos, pode ajudar a aliviar a dor, bem como deitá-lo de bruços massageando as costas, ou de frente fazendo o movimento de esticar e encolher as pernas. Caso o problema continue, um pediatra pode ter a resposta.



Dor



Quando o bebê está sentindo alguma dor, os gritos agudos, altos e repentinos podem indicar este problema, além disso, há períodos de pausa e o famoso choramingo. A recomendação neste caso é verificar se há algo incomodando a criança, como uma roupa apertada, etiquetas e etc.



Amor, paciência e compreensão



O choro do bebê deixa os pais muito aflitos, principalmente por causa da nossa impotência perante a este fato, pois é muito difícil compreender o que o choro da criança quer nos dizer. Com o tempo aprendemos e conhecemos melhor nossos filhos, o que pode facilitar e muito na hora de interpretar cada tipo de choro. Com muito amor, paciência e carinho, fica mais fácil entender o que eles querem nos dizer.



Gostaram do post? Conte-nos sobre como você interpreta e tenta resolver os motivos do choro do bebê.



Beijos mamães.



domingo, 16 de fevereiro de 2014

É PRECISO DAR TEMPO E ESPAÇO PARA AS CRIANÇAS SE EXPRESSAREM


Como sempre, Peu me ensina algo novo e me faz AMPLIAR as perspectivas. 

Pois é, assistindo "Ponyo - uma amizade que veio do mar" - uma animação infantil que traz uma belíssima mensagem, que não vou começar a falar, senão conto tudo... - pude perceber que, como qualquer mãe, tendencio a fechar, em vez de abrir o foco. Numa determinada cena, Ponyo - um peixinho dourado com cara de gente - decide realizar seu sonho de conhecer o mundo humano. Lá, avista um menininho e se encanta. No trajeto, um barco puxando uma rede sai arrastando tudo o que tem no fundo do mar - inclusive, muita sujeira - e a pequena Ponyo é arrastada, junto. Em meio ao lixo, fica com seu rostinho preso num pote de vidro, num retrato das consequências da poluição que fazemos no mundo vizinho e nunca nos sentimos responsáveis... Nesse momento, ela fica se debatendo e com a cara enorme. Eu só vi o se debater e a morte iminente. Peu, começou a rir. E eu, assustada, comento:

- Filho, ela pode morrer!

Ele, aprendendo a controlar seus excesso e a se expressar em palavras com mais propriedade e clareza, me diz num tom "natural":

- Eu sei, mãe. Eu não estou rindo por ela estar presa, não. É só um desenho e já, já ela sai daí. Eu estou rindo da cara grande e engraçada que ficou. - parou um pouco, como quem reflete e considera o que a MÃE fala e ensina e me perguntou: - Isso é errado, mãe?

Ele queria saber... de tanto aprontar e viver ouvindo reclamação, se viu como algoz, novamente, justamente num momento onde se esforça muito para melhorar sua percepção e suas ações. Vi e percebi o que se processava em sua mente ávida e continuei:

- Claro que está certo, filho! A carinha dela ficou muito engraçada mesmo!

Rimos juntos!

Me veio um pensamento "epifânico": A GENTE JULGA NEGATIVAMENTE E MUITO AS REAÇÕES DAS CRIANÇAS, SEM LHES DAR ESPAÇO E TEMPO PARA EXPLICAÇÕES.

É assim que surgem os estigmas: mantendo a postura fechada e a arrogância "empáfica" - redundância enfática - de que somos "sabedores inquestionáveis"! Somos mestres de quê, minha gente? Somos tão aprendizes quanto nossos filhos. A diferença é que somos mais andados - para não dizer: rodados... - e responsáveis por passar o que já aprendemos. Só não passamos que APRENDIZADO É ALGO QUE SE APRENDE PARA SEMPRE!


Vi que a maioria de nós se apega tanto à vaidade, ao estigma surreal e desumano de que devemos ser perfeitas e infalíveis e que os nossos filhos devem ser a representação clara disso, diante do julgamento alheio, que basta escutar uma coisa "estranha", nos deixamos tendenciar pelo negativo... Mais vale esclarecer do que julgar. Vi Pedro retroceder e ficar com marcas muito fortes e pesadas, que o aprisionaram num mundo dele e de maneira agressiva, por conta de profissionais incompetentes que apenas o julgaram e nunca o enxergaram ou escutaram verdadeiramente... Isso me fez abrir os olhos para o "mais além, bem aqui!". Me fez deixar e dar o espaço e tempo para ele se expressar e se explicar. Tem ajudado. Contei/o, como gosto de deixar muito claro, com apoio de muita gente, para desfazer esse malfeito instalado no pequeno. Por isso que percebo, cada vez mais, a falta de ambientes acolhedores, com mais aceitação e, com isso, espaço para expressão. É assim que se esclarece... o julgamento só aprisiona a uma imagem não real.

Inclusive, no filme, o pai de Ponyo também - com a boa intensão de protegê-la -, passa seus medos como maneira de prisão. Mas, a pequena, escuta sua voz interna e corre em busca de concretizar os seus objetivos... Como toda criança, não tem noção dimensional das consequências das suas ações. Com isso, ela desperta uma força muito grande e poderosa, capaz de destruir o planeta por conta do desequilíbrio natural. Ela quer ser humana. E se joga para isso. Não percebe o quanto destrói ao seu redor, nem como a força do seu mundinho puro e infantil é tão poderosa. Ela apenas se foca no que quer e vai, sem olhar para os lados. Com a ajuda da mãe dela, a qual ela se refere como alguém que é "Adooorrrrooo muito! Mas, às vezes, ela me assusta..." é que se faz a compreensão. Para se restabelecer o equilíbrio, as escolhas - e suas renúncias - devem ser feitas. Apenas o amor verdadeiro e a aceitação do outro como é, pode restabelecê-lo. Outro ponto interessante é quando a mãe de Sosuke - o menininho humano -, diante do estranho que passa à sua frente, o julga, e diz, hipocritamente ao filho: "Sosuke, não devemos julgar pela aparência...". Só assistindo - com o julgamento desligado, apenas se deixando levar pela "ludicidade" - para compreender! Aborda o tsunami e as consequências da nossa "civilização", onde destruimos a natureza e ela se revolta, de maneira muito "natural", apenas exigindo seu espaço. O erro está nas construções desenfreadas e nesse progresso desordenado do uso do solo - além dos aterramentos e afins. Traz a importância da criança como salvadores desse planeta, se conseguirmos passar bons valores para eles. Sosuke aprende muito convivendo com os mais velhos e vice versa. Muito interessante o filme!

A criança tem a emoção como condutor e uma energia novinha e bem ativa para viver. Tudo fresquinho. Nós, adultos, é que desaprendemos com o tempo e alegamos nos tornar mais racionais... Bobagem, a razão existe para equilibrar a emoção, não
para dominá-la. A criança ainda está compondo seu repertório, através de tudo o que vê e vivencia, de tudo o que experimenta. É isso que as impulsiona e abre espaço para o novo. É a força do começar e não temer. Com isso, desenvolvem um bom senso, se o ambiente for limpo, claro, respeitoso e HONESTO. Não sei para onde vamos depois que crescemos, só sei que esquecemos de tudo isso...

Pois é, eu me assumo aprendiz e mestre, ao mesmo tempo!



É PRECISO DAR TEMPO E ESPAÇO PARA AS CRIANÇAS SE EXPRESSAREM. SÓ ASSIM, PODEM NOS OUVIR E, SÓ ASSIM, PODEMOS ORIENTÁ-LAS... QUANDO SABEMOS PARA ONDE QUEREM IR!

Saudações maternais,

Pat Lins.


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