sexta-feira, 19 de setembro de 2014

ESCOLA - UM MUNDO DE APRENDIZADO PARA PAIS, FILHOS E PROFISSIONAIS


HOJE, eu tive o prazer de vivenciar uma coisa que sempre desejei!

A diretora da escola do meu filho - não posso falar o nome, apenas por questão de preservação e segurança mesmo, afinal, este blog é aberto... e não podemos ser tão ingênuas - me fez ver que ainda existe escola que preza pelo aluno, sem medo dos pais - hoje em dia, com um perfil altamente consumista e de cobradores radicais e egocentrados... Muitos de nós está assim, mesmo... num exagero de discurso da era do consumo que, pelo amor de Deus! - e com zelo pela qualidade da instituição.

Há dois anos, vivemos uma situação - que cheguei a postar aqui - onde vi que a professora estava com problemas na sala de aula - fui investigar, fazendo hidroginástica na academia ao lado -, e a hiperatividade dele catalisava, ou seja, aumentava o que já estava fora do lugar e entendi que ela estava nervosa por conta de muitos problemas de ordem pessoal. Com isso, meu filho, além das próprias demandas e falta de apoio da coordenação, represou e bloqueou ainda mais seus conhecimentos e piorou seu comportamento. Levei o que pensava e observava à Direção, não pedindo a cabeça da professora, mas pedindo que olhassem para e por ela, porque ela não estava sabendo administrar a docência com o fato de ser professora da filha... Enfim, eu penso assim: ninguém consegue apertar um botão de liga e desliga e se tornar um profissional perfeito e equilibrado emocionalmente a ponto de nunca ser afetado. Mas, em se tratando de trabalho com criança, o cuidado com esses profissionais devem ser mais efetivos. No caso, era só trocar a professora de turma, pelo bem dela e da turma - detalhe: vários pais, inclusive os pais de filhos "padrão", se queixaram, mas nenhum levou à Direção, pois diziam que a equipe de coordenação era tão fraca que não valia a pena, afinal, eles reforçavam em casa e a criança aprendia do mesmo jeito. Passado para mim, mas, na instituição, se mantêm esse formato de trabalho, outras crianças perderam a oportunidade de se revelar. Tiro isso por meu filho, que entrou na escola numa crescente no comportamento e regrediu drastica e irresponsavelmente.

Pois, HOJE, tive uma surpresa belíssima, ao entrar na reunião e ver uma postura da Diretora segura, firma, competente e consciente do seu papel enquanto empresa e enquanto  educadora. Isso é colocar em prática os discursos teóricos que tantos outros profissionais e escolas renomadas pregam mas não praticam. Identificou um problema com a professora, por não estar respondendo ao padrão da instituição e não se adaptar aos ajustes propostos pela coordenação. A Diretora falou, clara e calmamente, que demitiu a professora e estava apenas participando aos pais que estava tudo sobre controle. Os pais a agradeceram - claro que, em se tratando de pais e mães, isso é algo preocupante, porque existe um padrão atual de exigência consumista que beira a insensibilidade e um quê de egocentrismo que, misericórdia! Os pais pensam que escola é um produto que vende ali no mercado e que seu filho é o rei e centro do Universo, onde ninguém pode chegar perto para não contaminar... - porque perceberam o impacto das atitudes da professora numa queda de rendimento dos filhos. Interessante que a postura da Diretora Pedagógica - sou muito fã dela - foi: "Eu assumo!" e está assumindo, mesmo se recuperando de um problema de saúde - ela quebrou o pé e ainda está de moleta - e acumulou a coordenação de toda a escola, com a sala de aula! Isso é ou não é motivo para agradecer a essas profissionais por me fazerem reacender a fé de que existem pessoas profissionais competentes e comprometidas?! Isso casa com o que sempre acreditei: é preciso identificar a questão no aluno e "furar o cerco" que eles criam no ambiente escolar. Não falo de milagres ou algo similar, falo de que quando se quer, se faz, porque tem VALORES organizacionais e humanos, acima de tudo, firmes e sólidos! Isso tem refletido diretamente, ainda que em pouco tempo, no comportamento de meu filho. Ele está fazendo as atividades com mais segurança, com mais vontade. Ele, agora, foi acolhido e isso tem dado o espaço para ele crescer e florescer - sem ter que virar santo ou estátua e sem elas deixarem de nos acionar. Isso é PARCERIA. Isso é reflexo de pessoas equilibradas, competentes, qualificadas e conscientes do papel que desempenham, sabendo-se e colocando-se em cada lado para avaliar a melhor decisão!

Parabéns Tiana e Mariana! Vocês são exemplo que levo no coração! Exemplo de caráter, personalidade, competência, vocação e segurança!

Não existe perfeição - nem eu sou, nem meu filho é, nem ninguém é - mas, esforço, gente, é fundamental! Responsabilidade! Elas foram extremamente responsáveis. Não se omitiram e nem foram influenciadas pelos pais cobradores - e, olha, é de enlouquecer... eu bem vejo e escuto as exigências estapafúrdias.

Esse é o papel da escola enquanto escola, enquanto instituição de ensino. A demissão foi o último recurso e não foi leviano, ou caminho mais curto para a empresa... foi consequência de um processo onde cada um deve saber qual o seu papel e cumpri-lo. 

Isso bate com uma tese que pretendo desenvolver - e vou conseguir - sobre a qualidade dos profissionais "super qualificados" que entram no mercado de trabalho, sem alma, sem sangue nas veias. Não basta ser profissional, tem que entender que se trata de uma pessoa que trabalha! Não basta ter mestrado, doutorado ou cursos e cursos. É preciso ter, antes de tudo VOCAÇÃO. E a vocação faz com que você se canse, sim, mas tem em si motivação para refazer, para transformar!

Nós, mães e pais, precisamos ter mais CONSCIÊNCIA, também, do nosso papel e da nossa VOCAÇÃO. Não basta colocar filho no mundo, tem que se abrir para o aprendizado. Temos que entender que não é só colocar no mundo que nos tornamos mães e pais, nos construimos diariamente! Nem cobrar, nem relaxar. 

Lá, com essa equipe, vejo na prática o que também preso e vivencio: caminho do meio! 

É isso que o Mundo precisa, de um mundo de pessoas conscientes do seu papel e das consequências dos seus atos. Só assim podemos ter base sólida para construir um mundo novo, renovado!

Saudações maternais,

Pat Lins.

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