quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

PROGRAMAÇÃO INFANTIL NO PELÔ COM CARAVANA DAS ARTES

Imagem: Fundação Gregório de Mattos

Hoje tem palhaçada? Tem, sim senhor! Hoje tem musicada? Tem, sim senhor! Hoje tem diversão? Tem, sim senhor!

É nesse ritmo que a Caravana da Arte anima a programação infantil do Pelourinho Dia e Noite, projeto da Fundação Gregório de Mattos, órgão da Prefeitura de Salvador, próximo domingo (06). 

A proposta do grupo é interagir com a criançada através de diversas linguagens como teatro, músicas irreverentes, brincadeiras e PALHAÇADAS! 

Domingo, às 16h, no Cruzeiro de São Francisco - Pelourinho. EVENTO GRATUITO!

Saudações maternais, 

Pat Lins

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

AMARELA DA SECA NA FLICA 2015

Foto: Camila Souza/GOVBA Camila Souza/GOVBA Camila Souza/GOVBA
Quando eu era pequena, sonhava em escrever e escrevia em qualquer pedaço de papel. 

Os papéis iam... as histórias, também. A mim, não preocupava onde estavam, ou a posse... As palavras saiam de mim, vivas aqui dentro, e nasciam, para viverem aqui fora. 

Sempre vi as palavras como "vivas" e como "vida". É vital, para mim, comunicar. E comunicar, para mim, é troca, via de mão dupla - ouvir, entender, falar, ser entendido e continuar girando esse ciclo.

E minha mãe dizia: "Guarda tudo para lançar seus livros ". Mãe,  nasceu o primeiro! 


Quando senti que poderia resgatar o sonho de infância e voltar a escrever, comecei a escrever em caderninhos. Depois, numa parta no computador. Depois, nos blogs. Depois, nas redes sociais. E escrevia. Escrevo.

Pequena, dizia que seria, quando grande, professora e escritora. Me graduei em Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda e fui enveredando por essa área. Fiz especializações dentro da área de Comunicação - Teleradiodifusão e Relações Públicas com Metodologia do Ensino Superior. Um dia, uma amiga me convida para dar aula, numa faculdade no interior. No dia, me lembro como hoje, me questionei: "eu, em sala de aula? Nem tenho jeito para ensinar...". Peguei, de cara, quatro turmas... de sexto e sétimo semestres. Tremia. Sabia o assunto na teoria e na prática..., mesmo assim, como ordenar isso tudo? Como saber a hora de dizer o que, quando, como, onde e por quê? Foi um desafio que começou em 2005 e vibro, até hoje, por ter encarado! 

Eu era o tipo "tia legal". Toda criança gostava de brincar comigo e me ouvir contar historinhas. Uma prima me pedia para inventar. Ela não queria que eu repetisse o que já conhecia. E criei várias para ela - uma está saindo do forno, em homenagem ao nome da personagem que ela me deu há uns 20 anos... é... o tempo contado em números parece tão distante... para mim, foi agorinha. Interessante que meu filho, desde muito novinho, me pedia: "conta história de boca, mamãe", que vem a ser o que, hoje, ele chama de "histórias inventadas"... Afinal, todas as histórias nascem da invenção de alguém, né?! Mas, ele queria ouvir as da mamãe dele. Qual criança não pede isso?!

Criava peças, na infância e apresentava na frente de casa, com meus irmãos e vizinhos - éramos todos uma família só. Muito, muito divertido, mesmo!

Já adulta, continuava a escrever em papéis. Me dizia: "preciso direcionar minha atenção para o trabalho" ou para estudo, ou para preparar as aulas - que não via como trabalho e sim como prazer. Até que meu filho nasceu e minha vida mudou. Mudou mesmo! TUDO. Coisas muito ruins aconteceram e coisas muito boas, também! Era tudo "over". Até que, ele, que com dois anos soletrava, com 5 bloqueou e não queria ler, nem escrever nada. Entrei em pânico. Foi isso, mesmo: pânico! Fui em busca de orientação profissional e eram questões emocionais - inclusive, com a escola na época que era maravilhosa, mas, todo mundo erra, né verdade? Enfim, comecei a escrever... Criei o blog "A dor só dói quando está doendo", há alguns anos chamado de AQUI E AGORA. Na verdade, comecei a escrever nele, um pouco antes, mas o segundo nasceu desse dilema. E nasceu o "Mães na Prática". Chamei de escritoterapia. Falava sobre as questões, sem abrir minha vida. Meu objetivo era me ler, racionalizar.

Aí, um dia, uma grande amiga e escritora, Morgana Gazel, me disse: "você tem muito jeito de escritora". Interessante é que, muitas pessoas me diziam isso, mas eu só dizia: eu gosto de escrever, para mim é um prazer! Só que, nesse dia, mesmo ela já tendo me dito a mesma coisa milhões de vezes..., eu escutei e deixei entrar.

Um dia, outro amigo me enviou o link da Secretaria de Educação do Estado, só que o prazo estava encerrando em uma semana. Corri! Um sufoco! Meu amigão Isac Kosminsky e Juliana Santos - preciso citar esses nomes, em especial - viraram noites para me ajudar na ilustração... Foi um sonho sonhado há seis mãos! Fiz a inscrição. Só de me inscrever, me senti  Escritora. Me inscrevi como Escritora. Assumi, aceitando que, sim, eu escrevo! 

Foto: GOVBA em 02/06/2014
Quando fui selecionada... tá, assumo: chorei, muuiittttoooo!!!! Eu, além de sentir, era "oficialmente" Escritora com livro publicado! E, que maravilha, para crianças do ciclo de alfabetização de toda a rede pública do Estado. Publiquei poesias, em antologias poéticas e isso tudo, em dois anos. Não. Não sou famosa, não saio em capa de revista... Mas, pude ver minha filhinha, recém nascida, "Amarela da Seca", ir para a FLICA - Feira Literária Internacional de Cachoeira/Ba. Pois é... ver os filhos crescerem. 

Foto: GOVBA em 02/06/2014
Outra coisa que muito me emocionou foi, quando recebi o prêmio, ano passado, meu filho estava nessa fase de desbloquear a leitura e escrita e ele ficou tão emocionado com a mãe escritora que, sabe o menino com dificuldade de ler e escrever? Escreveu - do jeito dele... - um livrinho com a psicóloga dele e levou no dia da premiação. TODOS os autores presentes tiveram o privilégio de ler seu manuscrito. Sim: MANUSCRITO. E com ilustração. Isso foi um estímulo tão positivo que me fez ver, ainda mais, a importância da leitura na vida das pessoas. Gente, ler é viajar por muitos lugares! É conhecer mundos novos e acreditar que isso não tem fim. 

Como ocorreram alguns probleminhas burocráticos, a publicação e o lançamento dessa coleção só saiu agora, em 2015. Mas, não foi por falta de vontade da equipe do projeto. Eles suaram e sofreram duplamente: por não conseguirem concretizar como idealizaram e por serem cobrados e condenados por nós, autores. Nada que com esclarecimento e boa vontade não se resolva. Disse para eles que foi um parto de fórcipes. Nós, autores, pudemos sair da maternidade com o filho no colo, pela primeira vez, tocá-los! Eles nasceram! A equipe que trabalhou para fazer o parto, a Secretaria de Educação do Estado da Bahia, puderam ter a sensação de dever cumprido! E todas as crianças do ciclo de alfabetização do Estado poderão viajar, dentro das próprias origens! Se identificam com os personagens, que podem ser qualquer um deles. E essa foi minha maior lição: entender, aqui e agora, que o que importa é o aqui e agora, sempre! E o propósito maior, de ver as histórias vivas, vivendo e sendo vividas, vívidas sob o sol e sob o luar, à beira de um rio, ás margens da fronteira do ir e vir, do partir e chegar, do, simplesmente, as palavras poderem chegar a qualquer lugar/gente, que possa ali passar e ler, em cada criança, professor, funcionário de escola pública que, ao receber, abrir e ler e ir, para onde cada história os conduzir. Ver meu filho querer concluir seu livro, junto comigo, gente, não tem preço! Aceitar que, mesmo com tantos obstáculos, esses livros nasceram é o que deve ficar; é o que fica; é o que é!

 
Fotos: arquivo pessoal

Fiquei muito feliz com o resultado! Muito feliz em ver cada criança, no stand, em meio à praça pública, poderem tocar e, sim, abraçar, como algumas crianças fizeram, os livrinhos da coleção PACTOS DE LEITURAS . Na Flica, foi apenas exposição. Os livros são destinados para as crianças das escolas públicas do Estado. Muita gente interessada em comprar a coleção, mas, por enquanto, nenhuma editora nos conhece - quem sabe, a partir de agora, os livros possam ir além? Olha, aí, Companhia das Letrinhas e outras... As histórias são lindas, bem escritas e falam com a criançada, numa linguagem limpa, clara e lúdica, sobre aceitação, respeito, cooperação, infância, história de alguns lugares... 

Estou feliz, por poder viver o aqui e agora e digo, bem como repito a todo instante: que bom que existe o agora!

A, a FLICA, acontece de 14 a 18 de outubro, na cidade de Cachoeira, Bahia. Os livros estão lá, todos pendurados para quem quiser ler, debaixo de lindas árvores, numa praça pública que simboliza a independência da Bahia - praça Dois de Julho. E leiam, leiam, leiam! Como cantam os personagens do "Circo de Só Ler" - espetáculo teatral de Salvador, muito bom e que meu filho ammaaaa e escuta as músicas diariamente: "leia, leia, leia, leia, porque quem lê clareia, clareia a visão...".

Pat Lins.


Foto: Noelia Barreto

Foto: Arquivo Pessoal -
Escritoras Noelia Barreto, Adelice Sousa, eu, o escritor homenageado - Antonio Torres -, Secretário de Educação do Estado da Bahia, Osvaldo Barreto e a escritora Vanina Cruz, em  Praça Dois de Julho - Cachoeira/Ba
15/10/2015


domingo, 27 de setembro de 2015

NIVER DE PEU - PRESENTES QUE EMOCIONAM ATÉ AS CRIANÇAS HI TECH

Imagem: Arquivo Pessoa Pat Lins

Bom, todo mundo sabe que vivemos numa realidade com quase que total dependência da tecnologia atual. Em todos os tempos, muitas tecnologias foram criadas, inclusive, base crucial, para toda essa "facilidade" que temos hoje. Prefiro dizer que apenas aprimoramos, pois criar e inventar mesmo, nossa geração fez nada; apenas demos seguimento.

Enfim, não é para falar sobre esse ponto. Mas, dentro desse contexto, existe um conflito de gerações com relação ao lazer, educação e, principalmente, com relação aos jovens e crianças que nascem e crescem dentro desse mundo informatizado - culminância do avanço tecnológico que interferiu negativa e positivamente em todos os âmbitos da vida e de todos os seres viventes, né verdade?! Vamos para frente. 

Pois sim, como agradar esse "povinho" tão "seguro" de si, por terem o mundo em suas mãos, em forma de nano chip - já me arrisco ao nano, pois ele já existe e algo ainda menor e mais potente, também... 

Simples!

Ontem, foi aniversário do meu filho - AÊÊÊÊÊÊÊÊ! Parabéns, filhão! - Já comemoramos como ele pediu: uma carta pelo correio, comer pizza com a família. 

Sim! Um menino hi tech, que adora tablets, computadores, XBOX, playstation... mas que não dispensa uma brincadeira de criança, nem pisar na terra, adora banho de mar; correr, pular, gritar - e como gosta... ai meu Deus! Pois é! Uma criança que joga "minecraft" e adora! Ele pediu uma carta pelo correio!

Fizemos uma surpresa para ele: enviei dois cartões de aniversário, escritos à mão. O pai me pediu para dar os parabéns pela rádio. Fizemos.

Liguei para uma amiga radialista, pois estou fora dos microfones, doida para voltar... - muito grata, Nardele Gomes e a rádio Metrópole! - pedindo para dar os parabéns, no horário que ele saía da escola. Sim! Em pleno século XXI, numa grande capital do Brasil, o alcance do rádio ainda é fantástico! Pois, Pedrinho escutou e ficou, sabe como? Emocionado!

Emoções, gente! As crianças têm emoções que desprezamos! Nós alimentamos esse mundo que está como está. Nós desejamos isso e nós impusemos esse ritmo enlouquecedor para as "futuras" e atuais gerações.

Voltando: quando ele escutou os parabéns pela rádio, nossa! Foi incrível!

Quando chegou em casa e viu a carta, como ele falou, secando os olhos, "carta com selo..."... vi que nada mudou! As crianças são como sempre foram: crianças! Leu a mensagem dos cartões e me abraçou, com tanto carinho, que vi que ele foi tocado pela emoção que escrevi. Parece que as palavras escritas a mão se tornam toques carinhosos em quem lê. 

Lógico que adorou os presentes que recebeu, como os bonecos Star Wars, os que fez com a avó paterna, os bombons que a vizinha deu, mas se emocionou, como um adulto, como um ser sensível, com os parabéns pela rádio e pelo correio, e o amigo que foi de surpresa. Foi lindo. Este ano, não teve festa,  mas foi celebrado como ele gosta: com família. Almoço casa da bisa e jantar. Pronto. 

Isso nós podemos fazer. Isso custa pouco, em relação à dinheiro, mas de um valor inestimável, em relação a VALOR HUMANO!

Pois é, amigas mães na prática, isso é real! Isso é possível. Não precisamos frear o avanço tecnológico, só precisamos criar condições e ambientes para que nossos filhos possam sentir suas próprias emoções e conseguirem administrar isso. Não vai transformar ninguém em santo, nem resolver todos os problemas, mas, ao meu ver, são caminhos simples para reformarmos ou redesenharmos o design atual. Podemos apresentar um novo, que não é novo.

Podemos ser mais. E permitir que eles sejam, também. A ideia deste post é apenas ser simples. Só isso! 

Saudações maternais, de uma mãe na prática totalmente imperfeita, mas que segue dia a dia como pessoa, mãe, mulher, filha, amiga, consumidora, profissional...,

Pat Lins

sexta-feira, 8 de maio de 2015

MÃE NA PRÁTICA, CADA VEZ MAIS NA PRÁTICA... FELIZ DIA DAS MÃES!


Todo ano, me pego às vésperas do Dia das Mães, pensando: o que escrever?

Daí, me pergunto: o que sinto e senti como aprendizado nesse ano que passou?

E sai alguma coisa...

Sou filha e mãe.

Sou humana, sou pessoa, sou mulher, sou pequena... sou mãe em processo de separação!

Pois é... muitas emoções. Já pari, já perdi filho... Agora, sigo uma nova etapa... como será? Sei lá!

Mas, o que tem a ver isso com "mães na prática"? Nossas escolhas atingem quem está ao nosso redor, principalmente um filho com 8 anos e tão especial como Pepeu.

A primeira coisa que ele perguntou:

"Quando nós três vamos voltar a morar juntos?"

E expliquei:

- Não vamos, filho. Você agora vai morar com a mamãe e com o papai em casas separadas.

Nem preciso relatar que a emoção jorrou entre nós.

De todas as intempéries que passamos juntos, desde que ele nasceu - e quem acompanha minha vida e quem acompanha este blog... sabe que não foram poucas, muito menos convencionais e simples... - foi a primeira vez que vi um menino maduro ou a amadurecer.

Pedro chorou e me disse:

- Eu vou me acostumar, um dia. Hoje, eu posso chorar?

E chorou! E choramos!

A separação é inevitável... não foi sem lutas, nem sem esforço... mas, a relação desgastou de um jeito que somente a amizade pode salvar. E sim, esse amor entre amigos cresceu e fortalece tudo. Estamos juntos na separação.

Explicar que "a gente se separou, mas não se separou de você!", depois de um "mãe, você disse que ficaríamos juntos a vida toda" e lembrar: "o que falei, amor, foi que eu sempre estarei ao seu lado, e estarei com VOCÊ  a vida inteira! Eu e seu pai nos amamos como grandes amigos e como seu pai e sua mãe!".

Nossa! Logo eu que sempre me vi buscadora e com palavra certa para colocar... Me vejo gaguejar. Não por insegurança, mas porque mesmos segura e consciente da escolha, as consequências parecem ter vida própria. Como Pedro regirá?

Nesse dia das mães, serei uma mãe diferente! Uma nova mulher - igual, mas diferente.

E como será meu filho? Como o impacto lhe tocará?

Tantas novas perguntas... tantas novas respostas... Uma vida nova, de novo!

Filho, como gosto de deixar claro: TE AMO! Ser sua mãe é uma honra dual. Hoje sei o que é padecer e renascer no paraíso!

Para você, mamãe - seja mãe biológica, do coração, avó-mãe, pãe, avô-mãe, tia-mãe, tio-mãe.... - um FELIZ DIA DAS MÃES!

Todos os dias são nossos dias, todos sabemos e não canso de lembrar... Mas, ter um dia para parar e refletir: "QUEM SOU EU?" E aprofundar: "QUE MÃE SOU EU?" tem sua  força. E toda força impulsiona!

Impulsão para mudar e transformar!

FELIZ DIA DAS MÃES!

Saudações maternais,

Pat Lins.

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